Romancista de sucesso na primeira década do século XX, crítico de costumes da alta sociedade, Théo-Filho foi também o cronista que mais escreveu sobre praias de banho no Rio de Janeiro. À frente da redação do jornal “Beira-Mar”, sediado em Copacabana, acompanhou a grande inflexão praiana ocorrida a partir da introdução dos banhos de sol. Foi autor de “Praia de Ipanema” (1927) e “Ao sol de Copacabana” (1948). Ainda que sua obra (com exceção da crônica) esteja ultrapassada, Théo-Filho tem interesse para a pesquisa historiográfica nas áreas de estudos do lazer e do corpo. Publiquei neste blogue os textos do “Intelectual da Praia” entre 2010 e 2011 e, em seguida, passei a postar imagens colhidas no semanário praiano.



sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

68. Contra os usurpadores

A transformação da Copacabana familiar em praia de massa levava Beira-Mar a uma crise de recomposição de público. Ao mesmo tempo, M. N. de Sá tentava acompanhar o advento do rádio, que ampliava as possibilidades do jornalismo.

terça-feira, 28 de dezembro de 2010

67. A crise de Beira-Mar

Com o lançamento de A grande aventura de John Taylor (1934), Théo-Filho confirmou sua nova inclinação pelo romance histórico-naval. Numa época de nacionalismos, sua defesa da importância da influência estrangeira na formação brasileira não o ajudava a se reaproximar do público.

sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

66. O herói inglês

Se quase não registravam a existência de outras praias brasileiras fora das cidades do Rio de Janeiro e Niterói, os redatores de Beira-Mar com freqüência recorriam à imagem de praias européias e norte-americanas (Nice, Deauville, Biarritz, Miami, Galveston etc.) para descrever o modelo balneário elegante que idealizavam.

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

65. Praias nacionais e estrangeiras

Icaraí era a irmã de Copacabana do outro lado da baía: uma praia “aristocrática”, na classificação de Théo-Filho. Reproduziam-se em Niterói hábitos balneários comuns no Rio de Janeiro, o banho de sol, os esportes, o footing, a programação dançante dos clubes. Mas, enquanto Copacabana se transformava em cidade dos “arranha-céus”, Icaraí demorava a perder o aspecto de bairro familiar.

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

64. A praia em Icaraí

Théo-Filho classificava a orla em “praias aristocráticas” e “praias rústicas”. Das primeiras, Copacabana era o melhor exemplo, seguida das outras praias oceânicas e, na baía de Guanabara, das pequeninas praias da ilha de Paquetá, do balneário da Urca e da praia do Flamengo, esta em franca decadência nos anos 30. Entre as outras, a melhor era considerada a praia de Ramos.

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

63. Outras praias cariocas

Em meados dos anos 30, o serviço de salvamento se estendia até o posto IX, mas o movimento praiano de Ipanema se concentrava no Arpoador. O bairro ainda não tinha rede de esgoto e a Limpeza Pública ignorava a praia. Em Beira-Mar, a juventude local estava representada na coluna “Sereias e Tubarões”, redigida por João Rodolfo de Carvalho, o “Aramis”.

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

62. A praia em Ipanema

Enquanto crescia a população de banhistas em Copacabana, os postos balneários ganhavam identidades diferenciadas: o Posto VI familiar e pitoresco; o Posto II mundano e comercial. Num extremo, o “footing” se deslocava do Posto IV para o Posto da “ Igrejinha”; noutro, o movimento dos “bars” animava os postos do Leme.

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

61. A diferenciação dos postos balneários

Com o advento dos “arranha-céus” e o declínio da Copacabana familiar, desapareceram os “clubs” praianos, Atlântico e Praia. Ao mesmo tempo, surgiram novos clubes, fundados sobre outras bases associativas: Caiçaras e Marimbás. Também apareceram o Velo Esportivo Helênico, o Leblon Club, o Oceano F. C., o Colomy Club e o “pavilhão rústico” do Club de Regatas Botafogo, entre outros.

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

60. O desaparecimento dos clubes praianos

O crescimento demográfico dos bairros praianos beneficiava o comércio local, base dos anunciantes de Beira-Mar. Em 1934, surgiu a Associação Comércio e Indústria de Copacabana, da qual era vice-presidente Manoel Nogueira de Sá.

terça-feira, 30 de novembro de 2010

59. Associação Comércio e Indústria

Uma posição vacilante de Beira-Mar expressava certa contrariedade na época do aparecimento dos primeiros prédios de apartamentos em Copacabana. Com a difusão dos “arranha-céus”, entretanto, Théo-Filho passou a fazer o elogio do novo padrão de moradia “elegante”.

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

58. O "arranha-céu" e o triunfo da praia

Sob a administração Pedro Ernesto, a Prefeitura implementou uma política de turismo para o Rio de Janeiro, em que a praia de Copacabana merecia prioridade. Para alegria do setor hoteleiro, os cassinos foram reabertos, conforme pregava Théo-Filho.

terça-feira, 23 de novembro de 2010

57. Copacabana turística

Ao patrocinar a Festa de São Pedro em Copacabana, Beira-Mar contribuía, junto com as autoridades municipais, para a transformação da colônia de pescadores remanescentes em atrativo “pitoresco” do Posto VI.

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

56. A Colônia Z-6 Aymbire

Numa época de revolução, crise do liberalismo, ascensão do fascismo e do comunismo, Théo-Filho e os redatores do jornal praiano, sem se excluir da esfera do autoritarismo, não chegaram a aderir, como seu patrão, ao movimento integralista.

terça-feira, 16 de novembro de 2010

55. Católicos e integralistas

Beira-Mar, por intermédio de seu proprietário, M. N. de Sá, ajudava a divulgar o movimento das igrejas locais e apoiou a criação da Casa do Pobre de Copacabana, em 1932.

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

54. Pelos pobres de Copacabana

O aparecimento de três novos livros – Impressões transatlânticas (1931), A fragata Nictheroy (1932) e A ilha selvagem (1932) – marcaram uma reorientação radical na obra de Théo-Filho para o tema do mar e a história nacional.

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

53. Escritor do mar

Entraram na redação de Beira-Mar Nelson do Nascimento e Anita Correia. Um grande círculo de colaboradores animava o semanário praiano. Théo-Filho então estava consagrado como o jornalista carioca defensor dos interesses da praia.

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

52. O círculo praiano em expansão

No verão de 1932, a repressão aos banhistas abrandou. Luzardo, enfraquecido, deixou o governo, enquanto ganhava importância o prefeito interventor, Pedro Ernesto. Aos poucos foram esquecidos os roupões, e com eles as camisas, reaparecendo, sob o sol, a exibição dos “maillots” e o futebol na areia.

terça-feira, 2 de novembro de 2010

51. Adeus, Batista Luzardo

No fim do verão, Beira-Mar enfrentou o esvaziamento da estação com a convocação de um concurso de beleza: as Rainhas das Praias do Rio e de Niterói. Enquanto os concursos de Miss estimulavam sentimentos de afirmação nacional, beldades femininas se tornavam celebridades nas páginas da imprensa ilustrada. Didi Caillet, Miss Paraná, declamadora, escritora, era festejada pelo jornal praiano quando veraneava no Rio de Janeiro.

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

50. As mais belas praianas

Em meio à conjuntura de repressão ao liberalismo de costumes, que atingia banhistas e casais de namorados, chegou ao Rio de Janeiro um novo divertimento: o mini-golfe.

terça-feira, 26 de outubro de 2010

49. A mania do golfinho

A campanha de Luzardo também acabou com o futebol jogado na praia, sem distinção entre as peladas improvisadas nos postos, à hora do banho, e o campeonato organizado pela Liga de Amadores de Foot-ball na Areia – LAFA – com apoio de Beira-Mar.

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

48. O "football" na areia

A repressão aos banhistas remetia ao problema da semi-nudez na metrópole balneária. Na defesa do liberalismo de costumes, Théo-Filho contava com o apoio do médico e escritor Afrânio Peixoto. Nesse debate, uma distinção de sexo na verdade embutia uma distinção de classe. A prática do banho de sol aproximava os banhistas sem-camisa dos descamisados da cidade.

terça-feira, 19 de outubro de 2010

47. Nudistas e sem-roupão

Em janeiro de 1931, Batista Luzardo, novo chefe de polícia, promoveu uma campanha radical de repressão aos banhistas, combatendo a liberalidade no uso das roupas de banho e impondo a evacuação das praias fora dos horários de funcionamento dos postos de salvamento. Diante do esvaziamento da estação balneária, Théo-Filho se solidarizou com a revolta dos banhistas.

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

46. A grande campanha de repressão aos banhistas

Nesse verão, a Sociedade de Fomento Turístico instalou barraquinhas para alugar aos banhistas, nos Postos 4 e 6. Théo-Filho e M. N. de Sá apoiavam a iniciativa, desde que ficasse preservado o caráter público da praia.

terça-feira, 12 de outubro de 2010

45. Barraquinhas para troca de roupa

Estourou em outubro a Revolução de 1930. Moradores de Copacabana confraternizaram com os militares dos fortes locais e o círculo de Théo-Filho – Beira-Mar e Nação Brasileira – aderiu ao movimento. Em dezembro, a vida balneária voltava ao normal.

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

44. A Revolução

Na segunda metade dos Anos 20, a prática dos banhos de sol, vinda da Europa, chegou ao Rio de Janeiro. O grupo de Beira-Mar esperava o crescimento da população de banhistas na capital balneária do país tropical e se preocupava com as condições de freqüência às praias.

terça-feira, 5 de outubro de 2010

43. Os banhos de sol

Em 1930, Théo-Filho iniciou uma campanha para interessar a elite copacabanense pelo veraneio em Copacabana, rivalizando com o programa petropolitano. Nessa questão, contava com a simpatia de uma juventude praiana disposta a mudar o costume.

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

42. O verão entre Petrópolis e Copacabana

Os clubes praianos, principalmente o “Praia Club” e o “Atlântico Club”, contribuíam para a ocupação das areias pela “aristocracia” de Copacabana. Festas, jogos, esportes e outros divertimentos reforçavam os laços de sociabilidade entre os moradores. Essas agremiações, na visão de Théo-Filho, expressavam o progresso dos costumes.

terça-feira, 28 de setembro de 2010

41. Clubes, "aristocracia", coletividade e progresso

O crescimento da freqüência nas praias oceânicas reduzia relativamente o espaço balneário e começava a produzir atritos entre banhistas de classe média e das favelas próximas. O grupo de Théo-Filho defendia uma praia “aristocrática”, ocupada pelas famílias “elegantes”, como se via na Côte d’Azur e em Palm Beach.

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

40. Ocupação das praias e tensão de classes

Em 1929, uma reforma modernizadora foi realizada nos postos de salvamento municipais. Os postes de observação de madeira foram substituídos por novos postes em concreto armado. Em Ipanema começaram a funcionar os Postos 8 e 9. Logo Beira-Mar passou a apoiar a gestão do dr. Flavio de Moura.

terça-feira, 21 de setembro de 2010

39. A segunda reforma dos postos

Théo-Filho entendia que o turismo em Copacabana não podia se sustentar só na paisagem natural. Era preciso oferecer aos visitantes comodidades e atrativos que os mantivessem hospedados. Entre os divertimentos reivindicados, estavam os cassinos, cuja legalização era apoiada pelo setor hoteleiro.

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

38. Para atrair os "touristes"

O grupo de Beira-Mar, aliado do empresário da construção civil Eduardo Duvivier, deu boas-vindas aos primeiros prédios de apartamentos em concreto armado – “arranha-céus” de até doze andares – construídos em Copacabana.

terça-feira, 14 de setembro de 2010

37. Rasgadores de nuvens

Em 1929, Beira-Mar se tornou semanário. Théo-Filho foi promovido a diretor e Harold Daltro, a secretário de redação. À empresa de M. N. de Sá se reuniram outros jornalistas. Albertus de Carvalho criou a coluna Sereias e Tubarões, em Ipanema, enquanto João Rodolfo de Carvalho fundou Beira-Mar em Icaraí. Cresceu o número de colaboradores e surgiram novas secções.

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

36. Hebdomadário

Théo-Filho se casou com Erna Barroso Achtmeyer, nadadora e “Rainha de Ipanema”. Casado, o editor de Beira-Mar adotou um estilo de vida reservado, distante dos excessos da boemia, adequado à representação das famílias de Copacabana.

terça-feira, 7 de setembro de 2010

35. Erna

Théo-Filho se incumbiu da tarefa de fazer a apologia do verão carioca junto a uma elite local acostumada a fugir para Petrópolis e outras cidades serranas em busca de temperaturas amenas. Em 1928, a população de moradores de Copacabana se revezava sazonalmente com uma população de veranistas.

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

34. O estio e o rigor da canícula

Entraram para a redação do jornal praiano Henrique Paulo da Cunha Bahiana, João Guimarães, Silvio Level Moreaux e Paulo Candiota. Beira-Mar passou a ser um meio de representação e expressão da juventude reunida em torno do “Praia Club” e do “Atlântico Club”.

terça-feira, 31 de agosto de 2010

33. A juventude dos "clubs" praianos

Théo-Filho lançou Praia de Ipanema (1927), sexto romance da Crônica Social de uma Família Brasileira. As idéias do protagonista se fundavam no mesmo modelo balneário das praias freqüentadas pelas elites européias, que o autor transmitia através de Beira-Mar.

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

32. O modelo O'Kennutchy Guimarães

Pela tradição, a “sauvetage” nas praias cariocas era particular. Em 1917, a Prefeitura tinha inaugurado os seis primeiros postos de salvamento oficiais, em Copacabana. Dez anos depois, os editores de Beira-Mar apoiavam mensagem do intendente municipal João Clapp Filho pela modernização do serviço salvamento.

terça-feira, 24 de agosto de 2010

31. O serviço de "sauvetage" em Copacabana

No verão de 1926, cariocas já eram vistas tomando banhos de sol. Para desgosto dos moralistas, reforçava-se a tendência da moda a um “maillot” cada vez mais curto. Cronistas mundanos, como Waldemar Bandeira, da Gazeta de Notícias, participaram do debate em torno desse processo.

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

30. A vitória das andorinhas de "maillot"

Em 1926, freqüentadores de Copacabana, representados por Beira-Mar, já reclamavam da poluição das areias provocada pelas saídas de esgoto e pelas fezes dos cães trazidos à praia pelos próprios moradores.

terça-feira, 17 de agosto de 2010

29. Ameaças humanas e caninas

Violentas ressacas ameaçavam as instalações urbanas do Rio de Janeiro. Em 1926-27, os banhistas de Copacabana reivindicavam a reposição das antigas escadinhas, entre a avenida Atlântica e as areias, que o mar havia destruído e os engenheiros não previram nas obras de reconstrução da orla.

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

28. As ressacas e as escadinhas

Théo-Filho começou a escrever suas matérias de capa em defesa dos interesses de Copacabana. Atacava, por exemplo, o grande inimigo da vida praiana, o inverno, comparando favoravelmente as praias cariocas às praias do hemisfério norte que lhe serviam de modelo de elegância, Nice, Deauville, Biarritz, Miami etc.

terça-feira, 10 de agosto de 2010

27. A praia na primeira página

Ao ingressar em Beira-Mar, em 1925, Théo-Filho criou “Mi-Esú”, a bela espiã. Começaram a colaborar o poeta Harold Daltro, o médico Alexandre Tepedino, a cronista Virginia B. Campos e a contista Marina Coelho Cintra.

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

26. Política de continuidade

O capítulo anterior apresentou Beira-Mar, esse híbrido de jornal e revista, nos seus primeiros anos de circulação, ainda quinzenal. Eram colaboradores “João da Praia”, Custódio de Viveiros, Augusto Frederico Schmidt, Renato Travassos, Goulart de Andrade, Olegário Mariano e Arlindo Batista Cardoso, o “K. Rapeta”.

terça-feira, 3 de agosto de 2010

25. Antes de Théo-Filho

O primeiro capítulo da 2ª Parte introduziu a “Cil” – Copacabana, Ipanema e Leme – e apresentou o empresário Manoel Nogueira de Sá, o M. N. de Sá, fundador de Beira-Mar, em 1922.

sexta-feira, 30 de julho de 2010

24. A Cil

Com o fim do Mundo Literário, em 1925, Théo-Filho assumiu a redação de Beira-Mar. Homem de letras consagrado e ainda relativamente jovem, reorientou sua carreira para o tema da praia de banhos, adotando Copacabana como centro de suas preocupações.

terça-feira, 27 de julho de 2010

23. A virada para a praia

Concurso do semanário Fon-Fon, em 1925, colocou Théo-Filho em 7º lugar numa lista dos maiores escritores brasileiros em atividade, encabeçada por Coelho Neto.

sexta-feira, 23 de julho de 2010

22. Os maiores brasileiros vivos

Em Quando veio o crepúsculo (1926), quinto volume da Crônica Social, Théo-Filho, antes de matar seu personagem autobiográfico, fez um retrato da Livraria Leite Ribeiro, com seus freqüentadores, Pereira da Silva, Benjamim Costallat, Humberto de Campos, Peregrino Junior, Graça Aranha, Zilah Monteiro, Ítala Ferreira, Romeu de Avellar, Harold Daltro e outros.

terça-feira, 20 de julho de 2010

21. A morte de Claudio Lacerda

O quarto título da Crônica Social de uma Família Brasileira, O perfume de Querubina Doria (1924), revelou-se um romance autobiográfico, em que Théo-Filho abordou o relacionamento com suas paixões.

sexta-feira, 16 de julho de 2010

20. Os amores de Claudio Lacerda

Théo-Filho lançou o terceiro volume da Crônica Social de uma Família Brasileira, Ídolos de barro (1924), romance ambientado no episódio recente da derrubada do morro do Castelo, no centro do Rio de Janeiro.

terça-feira, 13 de julho de 2010

19. A crônica da atualidade

Em 1923, Théo-Filho ajudou a fundar e se tornou secretário de redação da revista mensal Nação Brasileira. Reconciliado com o emprego público, fazia na cena nacional o papel de jovem escritor de sucesso (e para ser mais persuasivo, mentia a idade).

sexta-feira, 9 de julho de 2010

18. Jovem escritor bem-sucedido

Segundo Agripino, Théo-Filho estava para a zona sul como Lima Barreto estava para a zona norte do Rio de Janeiro. O autor da Crônica Social de uma Família Brasileira não economizava na crítica à elite com que ele próprio se identificava.

terça-feira, 6 de julho de 2010

17. O pessoal de Botafogo

Na crítica a Uma viagem movimentada, Agripino Grieco fez o elogio da literatura transatlântica de Théo-Filho, identificada com a Europa e sua vida balneária elegante.

sexta-feira, 2 de julho de 2010

16. Transatlantismo

Agripino Grieco publicou, em Caçadores de símbolos, longo artigo sobre Théo-Filho, onde discutiu a importância do realismo na sua obra.

terça-feira, 29 de junho de 2010

15. Um observador fiel

A 3ª edição de Dona Dolorosa (1923) era quase um livro novo. No prefácio, Agripino Grieco comentou o gosto de Théo-Filho pela descrição dos “vícios” da alta sociedade.

sexta-feira, 25 de junho de 2010

14. Salafrarices galantes

O último capítulo apresentou O Mundo Literário e seu círculo de colaboradores: Pereira da Silva, Agripino Grieco, Humberto de Campos, Medeiros e Albuquerque, Julia Lopes de Almeida, Chrysantheme, Benjamim Costallat, Mozart Monteiro, Coelho Neto, Clovis Bevilacqua, Evaristo de Morais, Afrânio Peixoto, Gilka Machado, Ronald de Carvalho etc.

terça-feira, 22 de junho de 2010

13. O Mundo Literário

Théo-Filho publicou A grande felicidade (1922) e Uma viagem movimentada (1922). Nesse mesmo ano, fundou O Mundo Literário, a revista da Livraria Editora Leite Ribeiro.

sexta-feira, 18 de junho de 2010

12. 1922, um ano movimentado

No capítulo anterior, Théo-Filho defendeu As virgens amorosas do ataque de jovens moralistas – entre eles Barbosa Lima Sobrinho e Tristão de Ataíde – com os argumentos do naturalismo.

terça-feira, 15 de junho de 2010

11. O naturalismo das virgens

Théo-Filho foi nomeado cônsul em Bologne-sur-mer e lançou três livros – 365 dias de boulevard (1919), Do vagão-leito à prisão (1920) e o primeiro volume da sua “Crônica Social de uma Família Brasileira”, As virgens amorosas (1921).

sexta-feira, 11 de junho de 2010

10. Uma família brasileira

No último capítulo, apareceu em livro o romance Anita e Plomark, aventureiros (1917), com prefácio de Patrocínio Filho, que apresentou o jovem autor, identificado com o mundo do jogo, das drogas e dos divertimentos noturnos.

terça-feira, 8 de junho de 2010

09. Théo-Filho, aventureiro

Nas páginas da Gazeta, Theo-Filho publicou, em 1916, Anita e Plomark, aventureiros. Por causa de Nina Costa, o jornalista trocou tiros em plena avenida Rio Branco e acabou preso na Casa de Detenção, onde entrevistou João Candido.

sexta-feira, 4 de junho de 2010

08. Da Gazeta à prisão

No anterior, Theotonio reencontrou o bas-fond parisiense e introduziu Patrocínio Filho na turma da rua Vintemille. Lançou Bruno Ragaz, anarquista (1913), passeou por praias e balneários europeus, tornou-se correspondente de guerra, mas retornou ao Brasil, depois da morte de Claire.

terça-feira, 1 de junho de 2010

07. Correspondente de guerra

No capítulo anterior, Theo e a namorada viveram entre Paris e Londres, como traficantes, depois vieram para o Rio de Janeiro, como contrabandistas. De volta à Europa, ele virou correspondente da Gazeta de Notícias e lançou Mme. Bifteck-Paff (1912).

sexta-feira, 28 de maio de 2010

06. Traficantes e contrabandistas

No capítulo 5, “Introdução a Paris”, Theotonio escapou do casamento, tornando-se correspondente do Correio na capital européia. Perdeu dinheiro no jogo, lançou A tragédia dos contrastes (1911) e conheceu Claire Suzanne, em Aix-les-bains.

terça-feira, 25 de maio de 2010

05. Introdução a Paris

O capítulo 4, “Psicopatias sexuais”, apresentou o pessoal do Correio da Manhã e a namorada, Maria Luiza, inspiradora de Dona Dolorosa (1910), livro que franqueou a entrada de Theotonio Filho no gênero literatura de escândalo.

sexta-feira, 21 de maio de 2010

04. Psicopatias sexuais

No capítulo 3, “Pelo Correio”, Theotonio abandonou a Faculdade de Direito do Recife, partiu para o Rio de Janeiro e ingressou na redação do Correio da Manhã. Também conheceu os banhos de mar em Copacabana, na enseada da Igrejinha.

terça-feira, 18 de maio de 2010

03. Pelo Correio

No capítulo 2, “O golpe dos rudes”, Theotonio Filho conseguiu, com alguma ajuda das prostitutas, publicar seu livro de estréia, Os rudes (1908).

sexta-feira, 14 de maio de 2010

02. O golpe dos rudes

No primeiro capítulo, “Literatura em casa”, nasceu Manoel Theotonio de Lacerda Freire Filho, em meio a uma biblioteca de oito mil volumes.

terça-feira, 11 de maio de 2010

01. Literatura em casa

A Introdução apresentou o plano da obra, Théo-Filho e o tema da praia. A cada postagem, uma referência ao capitulo anterior.

sexta-feira, 7 de maio de 2010

INTRODUÇÃO

O trabalho tem três partes: I. A Longa Juventude (1891-1925); Os Anos Beira-Mar (1922-1944); e Depois da Guerra (1944-1973).

domingo, 2 de maio de 2010

SUMÁRIO

Começa aqui Théo-Filho, o Intelectual da Praia - História balneária de Copacabana (1925-1940).