Romancista de sucesso na primeira década do século XX, crítico de costumes da alta sociedade, Théo-Filho foi também o cronista que mais escreveu sobre praias de banho no Rio de Janeiro. À frente da redação do jornal “Beira-Mar”, sediado em Copacabana, acompanhou a grande inflexão praiana ocorrida a partir da introdução dos banhos de sol. Foi autor de “Praia de Ipanema” (1927) e “Ao sol de Copacabana” (1948). Ainda que sua obra (com exceção da crônica) esteja ultrapassada, Théo-Filho tem interesse para a pesquisa historiográfica nas áreas de estudos do lazer e do corpo. Publiquei neste blogue os textos do “Intelectual da Praia” entre 2010 e 2011 e, em seguida, passei a postar imagens colhidas no semanário praiano.



terça-feira, 28 de setembro de 2010

41. Clubes, "aristocracia", coletividade e progresso

O crescimento da freqüência nas praias oceânicas reduzia relativamente o espaço balneário e começava a produzir atritos entre banhistas de classe média e das favelas próximas. O grupo de Théo-Filho defendia uma praia “aristocrática”, ocupada pelas famílias “elegantes”, como se via na Côte d’Azur e em Palm Beach.