Romancista de sucesso na primeira década do século XX, crítico de costumes da alta sociedade, Théo-Filho foi também o cronista que mais escreveu sobre praias de banho no Rio de Janeiro. À frente da redação do jornal “Beira-Mar”, sediado em Copacabana, acompanhou a grande inflexão praiana ocorrida a partir da introdução dos banhos de sol. Foi autor de “Praia de Ipanema” (1927) e “Ao sol de Copacabana” (1948). Ainda que sua obra (com exceção da crônica) esteja ultrapassada, Théo-Filho tem interesse para a pesquisa historiográfica nas áreas de estudos do lazer e do corpo. Publiquei neste blogue os textos do “Intelectual da Praia” entre 2010 e 2011 e, em seguida, passei a postar imagens colhidas no semanário praiano.



sexta-feira, 29 de outubro de 2010

50. As mais belas praianas

Em meio à conjuntura de repressão ao liberalismo de costumes, que atingia banhistas e casais de namorados, chegou ao Rio de Janeiro um novo divertimento: o mini-golfe.

terça-feira, 26 de outubro de 2010

49. A mania do golfinho

A campanha de Luzardo também acabou com o futebol jogado na praia, sem distinção entre as peladas improvisadas nos postos, à hora do banho, e o campeonato organizado pela Liga de Amadores de Foot-ball na Areia – LAFA – com apoio de Beira-Mar.

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

48. O "football" na areia

A repressão aos banhistas remetia ao problema da semi-nudez na metrópole balneária. Na defesa do liberalismo de costumes, Théo-Filho contava com o apoio do médico e escritor Afrânio Peixoto. Nesse debate, uma distinção de sexo na verdade embutia uma distinção de classe. A prática do banho de sol aproximava os banhistas sem-camisa dos descamisados da cidade.

terça-feira, 19 de outubro de 2010

47. Nudistas e sem-roupão

Em janeiro de 1931, Batista Luzardo, novo chefe de polícia, promoveu uma campanha radical de repressão aos banhistas, combatendo a liberalidade no uso das roupas de banho e impondo a evacuação das praias fora dos horários de funcionamento dos postos de salvamento. Diante do esvaziamento da estação balneária, Théo-Filho se solidarizou com a revolta dos banhistas.

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

46. A grande campanha de repressão aos banhistas

Nesse verão, a Sociedade de Fomento Turístico instalou barraquinhas para alugar aos banhistas, nos Postos 4 e 6. Théo-Filho e M. N. de Sá apoiavam a iniciativa, desde que ficasse preservado o caráter público da praia.

terça-feira, 12 de outubro de 2010

45. Barraquinhas para troca de roupa

Estourou em outubro a Revolução de 1930. Moradores de Copacabana confraternizaram com os militares dos fortes locais e o círculo de Théo-Filho – Beira-Mar e Nação Brasileira – aderiu ao movimento. Em dezembro, a vida balneária voltava ao normal.

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

44. A Revolução

Na segunda metade dos Anos 20, a prática dos banhos de sol, vinda da Europa, chegou ao Rio de Janeiro. O grupo de Beira-Mar esperava o crescimento da população de banhistas na capital balneária do país tropical e se preocupava com as condições de freqüência às praias.

terça-feira, 5 de outubro de 2010

43. Os banhos de sol

Em 1930, Théo-Filho iniciou uma campanha para interessar a elite copacabanense pelo veraneio em Copacabana, rivalizando com o programa petropolitano. Nessa questão, contava com a simpatia de uma juventude praiana disposta a mudar o costume.

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

42. O verão entre Petrópolis e Copacabana

Os clubes praianos, principalmente o “Praia Club” e o “Atlântico Club”, contribuíam para a ocupação das areias pela “aristocracia” de Copacabana. Festas, jogos, esportes e outros divertimentos reforçavam os laços de sociabilidade entre os moradores. Essas agremiações, na visão de Théo-Filho, expressavam o progresso dos costumes.