Romancista de sucesso na primeira década do século XX, crítico de costumes da alta sociedade, Théo-Filho foi também o cronista que mais escreveu sobre praias de banho no Rio de Janeiro. À frente da redação do jornal “Beira-Mar”, sediado em Copacabana, acompanhou a grande inflexão praiana ocorrida a partir da introdução dos banhos de sol. Foi autor de “Praia de Ipanema” (1927) e “Ao sol de Copacabana” (1948). Ainda que sua obra (com exceção da crônica) esteja ultrapassada, Théo-Filho tem interesse para a pesquisa historiográfica nas áreas de estudos do lazer e do corpo. Publiquei neste blogue os textos do “Intelectual da Praia” entre 2010 e 2011 e, em seguida, passei a postar imagens colhidas no semanário praiano.



terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

81. Roupa de banho, costume e exposição dos corpos

O progresso de Copacabana e sua expansão demográfica vertical eram acompanhados pelo crescimento da pobreza nas favelas adjacentes – Babilônia, Cantagalo e Dois Irmãos. Os “moleques” desciam do morro, perambulavam pelo bairro “chic”, mendigavam e furtavam. Na praia, jogavam bola nos postos de salvamento, atrapalhando o banho. À noite, perturbavam o footing da Avenida Atlântica.