Romancista de sucesso na primeira década do século XX, crítico de costumes da alta sociedade, Théo-Filho foi também o cronista que mais escreveu sobre praias de banho no Rio de Janeiro. À frente da redação do jornal “Beira-Mar”, sediado em Copacabana, acompanhou a grande inflexão praiana ocorrida a partir da introdução dos banhos de sol. Foi autor de “Praia de Ipanema” (1927) e “Ao sol de Copacabana” (1948). Ainda que sua obra (com exceção da crônica) esteja ultrapassada, Théo-Filho tem interesse para a pesquisa historiográfica nas áreas de estudos do lazer e do corpo. Publiquei neste blogue os textos do “Intelectual da Praia” entre 2010 e 2011 e, em seguida, passei a postar imagens colhidas no semanário praiano.



terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

83. Calor, estação carioca

Percebida como espaço de freqüentação feminino, a praia de banhos contribuía para prestigiar as mulheres e valorizar sua inserção na paisagem urbana, através da ostentação da beleza de seus corpos. Jovens, de ambos os sexos, buscavam atender a padrões de beleza moldados na educação física, num mundo em que cresciam a importância das relações afetivas e a liberdade de escolha no casamento.