Romancista de sucesso na primeira década do século XX, crítico de costumes da alta sociedade, Théo-Filho foi também o cronista que mais escreveu sobre praias de banho no Rio de Janeiro. À frente da redação do jornal “Beira-Mar”, sediado em Copacabana, acompanhou a grande inflexão praiana ocorrida a partir da introdução dos banhos de sol. Foi autor de “Praia de Ipanema” (1927) e “Ao sol de Copacabana” (1948). Ainda que sua obra (com exceção da crônica) esteja ultrapassada, Théo-Filho tem interesse para a pesquisa historiográfica nas áreas de estudos do lazer e do corpo. Publiquei neste blogue os textos do “Intelectual da Praia” entre 2010 e 2011 e, em seguida, passei a postar imagens colhidas no semanário praiano.



sexta-feira, 23 de agosto de 2013

“O mar, a mulher e o amor...”

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“Tem estado cheio de arrufos o mar (...) O oceano, quando irado, esbravejante, a um só tempo deslumbra e assombra: é ‘a beleza do horrível’. Mas, porque seja ele um símbolo da mulher – e portanto do amor – não perduram as fúrias do mar”. Na legenda desta foto, o editor de Beira-Mar combinava duas fantasias recorrentes na construção do gosto praiano: a estética do sublime, representada na violência das ressacas, e a associação das idéias de mar e de mulher, feita a partir da noção de inconstância. 13 de agosto de 1932, capa. (Acervo Fundação Biblioteca Nacional).