Romancista de sucesso na primeira década do século XX, crítico de costumes da alta sociedade, Théo-Filho foi também o cronista que mais escreveu sobre praias de banho no Rio de Janeiro. À frente da redação do jornal “Beira-Mar”, sediado em Copacabana, acompanhou a grande inflexão praiana ocorrida a partir da introdução dos banhos de sol. Foi autor de “Praia de Ipanema” (1927) e “Ao sol de Copacabana” (1948). Ainda que sua obra (com exceção da crônica) esteja ultrapassada, Théo-Filho tem interesse para a pesquisa historiográfica nas áreas de estudos do lazer e do corpo. Publiquei neste blogue os textos do “Intelectual da Praia” entre 2010 e 2011 e, em seguida, passei a postar imagens colhidas no semanário praiano.



terça-feira, 17 de junho de 2014

"Policiamento nas praias"

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"Recomeçou, no domingo passado, a fiscalização policial nas praias de Copacabana. As autoridades têm tido pouco trabalho, porque tritões, ondinas e náiades se têm demonstrado dóceis. No clichê se vê, acima, o delegado do 30º distrito procurando catequizar dois banhistas rebeldes; embaixo, a mesma autoridade e dois auxiliares falam a duas senhorinhas da conveniência dos roupões compridos". A partir desta data, a polícia passou a reprimir os banhistas somente quando andavam sem camisa fora das praias, liberando o peito nu sobre as areias. Leia mais no Capítulo 81. 23 de dezembro de 1933, suplemento, capa. (Acervo Fundação Biblioteca Nacional).