Romancista de sucesso na primeira década do século XX, crítico de costumes da alta sociedade, Théo-Filho foi também o cronista que mais escreveu sobre praias de banho no Rio de Janeiro. À frente da redação do jornal “Beira-Mar”, sediado em Copacabana, acompanhou a grande inflexão praiana ocorrida a partir da introdução dos banhos de sol. Foi autor de “Praia de Ipanema” (1927) e “Ao sol de Copacabana” (1948). Ainda que sua obra (com exceção da crônica) esteja ultrapassada, Théo-Filho tem interesse para a pesquisa historiográfica nas áreas de estudos do lazer e do corpo. Publiquei neste blogue os textos do “Intelectual da Praia” entre 2010 e 2011 e, em seguida, passei a postar imagens colhidas no semanário praiano.



terça-feira, 16 de junho de 2015

"Edifício Alagoas"

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Entrada do prédio, à Rua Ministro Viveiros de Castro, nº 122. O proprietário e o editor do semanário Beira-Mar estavam ligados a grupos econômicos envolvidos na exploração do novo filão comercial que representavam os prédios de apartamentos. Não havia como negar elogios aos "arranha-céus" nas páginas do jornal: "Copacabana é um paraíso encantado onde os gigantes de cimento armado espetaram a bandeira rubra da conquista". Porém, é possível que pessoalmente estivessem afinados com uma reação conservadora de parte da elite "cilense" que via ameaçado o seu tradicional estilo de moradia. M. N. de Sá viveria até o fim de seus dias numa casa alugada à rua Barata Ribeiro. Théo-Filho viveria ainda por muito tempo em sua casa de dois andares à rua Montenegro (atual Vinicius de Moraes). 4 de maio de 1935, p. 4. (Acervo Fundação Biblioteca Nacional).